quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Bullying

 

Como amenizar esse problema nas escolas

Nos últimos anos temos visto, através da mídia, esta problemática, a qual conhecemos por Bullying. Estudiosos de diversas áreas vêm batendo nesta tecla para que este problema possa minimizar em nosso país. Mas trazendo para nossa realidade, precisamos trabalhar em conjunto, pois somente gestores e equipe pedagógica jamais acabaram com a violência na escola. É necessária a parceria com o poder executivo, legislativo e judiciário e acima de tudo com o Conselho Tutelar, para que possam buscar soluções para estes problemas que se tornaram parte do nosso cotidiano, o que acontecia somente entre alunos agora é fato real com o corpo docente. Precisamos traçar metas para posteriormente executá-las com precisão.

Um dos motivos que contribui para o Bullying é o abandono escolar, pois é fácil culpar o aluno pelo abandono, mas o desafio de diminuir os índices de evasão exige que a escola repense suas práticas cotidianas.

Muitos professores no momento agudo de sua aula, onde apenas um pequeno e compassivo grupo de alunos se esforça para prestar atenção naquilo que ele, tentar dizer que “gostaria de ensinar apenas para os que querem aprender os desinteressados que se retirem da sala, para nós o que podemos pensar a respeito disso, não será, o desafio de ser professor exige educar todos, sem exceção. Em nosso país, por enquanto, estamos perdendo esta guerra, é óbvio que o acesso as escolas tem aumentado nos últimos anos entre crianças e adolescentes na faixa etária entre 7 e 14 anos, mas o índice de permanência, taxa de abandono e evasão escolar não caminharam no mesmo ritmo, entretanto, hoje de cada 100 estudantes que ingressam no ensino fundamental, apenas 36 chegam a concluir o ensino médio, muitas vezes culpar o aluno pelo abandono é a forma mais fácil, isto acontece em vários escolas do país e em nosso estado não é diferente, pois o aluno deveria ser o menos culpado por tudo isso.

Fatores como o risco social, condição sócio econômico e o lugar de residência podem aumentar a pressão para que o aluno se afaste da escola, em outras situações as crianças e adolescentes são atraídos pelo trabalho precoce e pelo crime e acabam afastando-se dos livros didáticos. Muitas vezes a própria escola colabora para esta situação, o número elevado de repetência exercem um papel fortíssimo aos alunos fora de sua faixa etária, eles se sentem desmotivados pelo estudo e acabam tendo outros tipos de comportamento como a indisciplina e atos de violência, discriminação, negligência onde se tornam comuns entre eles. Existem gestores que exercem o cargo somente por questão política e que não tem o mínimo de decência para o cargo, pois não tem domínio sobre seus alunos e trabalham de forma isolada, não tendo assim transparência no trabalho executado, não buscam parceria com o conselho tutelar, fica claro que a escola precisa olhar para si própria, uma providência essencial é trabalhar sempre em parcerias com os órgãos do município para minimizar o Bullying.

Dependendo da situação, é possível escolher a melhor forma de reverter o quadro, as instituições devem informar o conselho tutelar e demais órgãos competentes para buscar soluções para escola tais como: conversa com os pais e alunos, visita às famílias, aulas de reforço e campanhas internas e na comunidade, vejo que o tom deve ser de parceria e acolhimento e nunca de punição. Algumas vezes a escola busca cumprir o que está em seu regimento, suspendendo e expulsando aluno, não tendo o cuidado de atender estes com um pouco mais de flexibilidade, este tipo de punição devem ser feito mais de forma minuciosa e cautelosa, este tipo de atitude faz com que o aluno fique ainda mais agressivo.

A escola deve ser vista como um espaço de formação para a vida e não como uma obrigação. Programar políticas públicas para diminuir o risco social, criar e desenvolver mais projetos para que o aluno possa interagir, exemplo disso são os projetos que já funcionam em algumas escolas como, bolsa família a nível nacional onde está atrelado o benefício social, projetos a nível estadual como: jovem cidadão, comunidade digital, rede cidadã entre outros, precisamos ampliar a ação onde podemos ter bons resultados, criar projetos para que a prefeitura possa atingir de forma positiva os alunos da rede municipal e estadual, tanto na zona urbana quanto na zona rural.

Portanto, precisamos acima de tudo fazer com que a família seja o fator principal, ou seja, o incentivo a presença e a participação dos pais nas escolas, nas palestras e nos projetos desenvolvidos pela escola, pelo poder público, polícia militar através do proerd e outros podem contribuir de forma significativamente para nossas crianças e adolescentes, pois são aprendizados que servirão para vida.

Manacapuru, 20 de setembro de 2011.

Luís Elmar Ferreira Feitoza                                                                 Bacharel em Ciência Política

Um comentário:

  1. parabéns, pelo texto, acredito que os diretores deveriam adotar essas medidas para um bom relacionamento entre os alunos.

    Fernando Sabóia.

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